A Andrea foi uma das minhas clientes que fez o cruzeiro Disney no Alasca esse ano em maio, e mandou um relato rechado de fotos. Ela tem uma conta no instagram com muitas fotos de viagens em: (@roteirosdaterra).
Apresentação
Viajamos no Disney Wonder, no 1º Cruzeiro da temporada do Alasca, que saiu em 23/maio/2016. Eu, meu marido e dois filhos de 9 e 11 anos. A Luciana me ajudou muito tanto na viabilização do Cruzeiro quanto na resolução de dúvidas. Ainda foram conosco mais um casal de amigos e também 2 meninos na mesma idade.
O navio Disney Wonder
Algumas considerações sobre a escolha do navio: há 3 anos havíamos feito o cruzeiro no Allure of the Seas, da Royal Caribbean, num roteiro pelo Caribe. Na época, ele era o maior navio mundo (junto com o “gêmeo” Oasis of the Seas). Foi uma experiência maravilhosa tanto pra nós quanto para os meninos e ficamos com vontade de fazer outros. Mas os meninos sempre pediam para fazer o da Disney e, como gosto de conhecer lugares novos, o roteiro do Alasca foi uma ótima alternativa para agregar o interesse deles e o nosso. E foi uma experiência totalmente nova! E igualmente maravilhosa…
O Disney Wonder por ser um navio menor acaba permitindo maior atenção da tripulação para com os passageiros. E isso acaba propiciando um atendimento diferenciado. Além disso, o navio da Disney tem aquela magia que, quem conhece, ama! Isso não se aplica somente às crianças. Era possível ver adultos sem filhos, disneymaníacos, totalmente empolgados e sempre usando “uniforme” Disney. Fora que, o serviço é impecável, a tripulação incansável, a comida muito boa, os shows emocionantes e, tudo isso, aliado às paisagens incríveis do Alasca, tornou a viagem um sonho. Se você acha que quase não vai ter atividade para os adultos à bordo, que não envolva criança, engana-se. Tem muita opção! Inclusive tem áreas somente permitidas aos adultos, tais como: o Vista Spa (sauna, massagens, etc.), uma das piscinas somente para adultos e as hidromassagens que estão na área dela, o restaurante Palo, vários bares e shows noturnos.
O Alasca também é um roteiro perfeito para se fazer de navio porque o tempo de parada em cada porto é relativamente longo e você consegue conhecer cada cidadezinha (pelo menos o centrinho turístico) em algumas poucas horas conjugando ainda com algum passeio oferecido. Além do que, os deslocamentos entre as cidades são longos, se feitos por terra, quando possível. Na capital Juneau, por exemplo, praticamente só é possível chegar por via aérea ou marítima.
No geral, não é uma viagem barata obviamente. Tanto por ser um Cruzeiro Disney quanto pelo lugar distante. Achei, inclusive, os passeios nos portos bastante caros. Cheguei a avaliar passeios oferecidos por empresas locais (por fora do navio), mas a diferença de valor não era tanta no final das contas, aliado ao risco de eventuais desencontros ou atrasos. Fazendo com o navio, há uma garantia de que ele não partirá sem você em caso de algum contratempo durante o passeio. Mas tudo valeu cada centavo!
O Planejamento do cruzeiro Disney no Alasca
Passeios: Reservamos todos os passeios nos portos direto com o navio, através do próprio site da Disney Cruise Line. Fizemos o check in on-line e já registramos as crianças pelo site. Reservei também o jantar no restaurante Palo para uma das noites. Interessei-me pelo pacote de vinhos e o de internet. Mas para estes, não foi necessário fechar com antecedência. Resolvemos tudo direto lá na hora mesmo.
Pagamentos: Como comprei com a Luciana muito perto da data da viagem, tinha a opção de pagar em dólar no cartão, numa tacada só, ou de fazer através de uma agência (intermediado por ela), onde poderia converter pra real e parcelar no cartão. Com relação aos pagamentos no navio, são feitos através do cartão que você recebe que funciona também como chave da cabine (chamam de Key to the World). Também havia 2 possibilidades: dar o número do cartão de crédito e concentrar os gastos nele ou fazer um depósito em dólares e ir utilizando. Neste caso, você já começa com um crédito. Após atingir determinado valor de gastos, é necessário passar no Guest Services e cobrir o valor para poder continuar fazendo gastos. Os passeios escolhidos e as gorjetas são debitadas automaticamente da sua conta. Cheguei a tomar um susto quando vi o saldo da minha conta logo no 1º dia e já tinha um débito de quase 2000 dólares, mas logo percebi que era referente aos passeios contratados. E, se você gostar muito do serviço do seu camareiro, garçon, etc., você ainda pode dar uma gorjeta extra ao final do cruzeiro.
Vistos: Como o cruzeiro partia de Vancouver, precisamos tirar o visto para o Canadá. Mas era preciso ter o Americano também, uma vez que íamos para o Alasca (o maior estado americano!). O visto canadense é fácil de tirar, inclusive online. Mas é bem trabalhoso. Levei cerca de 1 mês e meio para ter o processo todo finalizado. Tendo o visto americano, facilita bastante. Ajudou-me muito esse passo-a-passo.
Roupas para o cruzeiro no Alasca
Viajar para o Alasca traz esta dificuldade: Que roupa levar? Não importa se é primavera ou verão! No Alasca faz frio, principalmente quando se passa perto das geleiras ou durante os passeios de barco. Outra questão é que chove muito nesta região. Então, uma roupa/sapato impermeável, além de quente, é imprescindível. O navio até distribui capas de chuva (iguais às vendidas nos parques), quando está chovendo, mas isso é só um paliativo. O navio também distribui cobertores para quando estamos nos decks abertos e está fazendo frio. Mas, novamente, não dá para contar só com isso.
Nós demos muita sorte com o tempo e choveu pouquíssimo. E, além disso, em alguns dias de mar, o tempo abriu e os meninos conseguiram ir à piscina, que é aquecida e a água é bem quentinha. Eu e meu marido fomos somente 1 dia, após fazermos a sauna. Então, levamos também roupa pra piscina (na sauna você pode pegar um roupão e usar na área da piscina).
O cruzeiro Disney no Alasca não é tão formal no quesito roupas noturnas. Nas noites formal e semi-formal, vi muita gente super elegante (até crianças de smoking!!!), mas vi também gente vestida de forma simples e sem longo ou terno/blazer. Eu levei um vestido longo, mas como carioca não tem vestido pra frio, levei um casaco pra usar por cima. Dentro do navio não é frio como fora, mas também não é quente. Nós estávamos sempre usando um casaquinho. Levei um vestido também para usar na noite em que fomos jantar no restaurante Palo (só para adultos) e os homens foram de blazer.
A cabine no Disney Wonder
Optamos por uma cabine externa no Deck 2 Aft (2010), que tinha um mega-janelão. Nossos amigos ficaram numa com varanda no Deck 8, mas percebi que o tamanho era igual ao da nossa, porém com a varanda. Ficar no Deck 2 foi confortável, um andar praticamente só com cabines, sem muita circulação de pessoas. Usando as escadas rapidamente chegávamos aos Decks 3 e 4 onde estavam os restaurantes e a parte mais social do navio. Além disso, proporcionava uma vista interessante, um pouco acima do nível do mar. O banheiro dividido em dois é muito prático e dá mais liberdade e conforto.
O navio balançou bastante nos 1º e 2º dia de viagem, mas não chegou a dar enjoo em ninguém. Depois que entrou na Inside Passage e até o final, foi bastante tranquilo.
O Roteiro do cruzeiro Disney no Alasca
Agora vamos ao roteiro. Vou passar um highlight de cada dia e detalhar o que achar pertinente.
1º dia (2ª feira) – Vancouver
Marcamos a entrada no navio para as 12:30hrs. Chegamos cerca de meia hora atrasados. A fila para check in estava grande mas andando relativamente rápida. Após check in fomos pegar as pulseiras dos meninos para os clubinhos. Devido à faixa etária, eles teriam que ficar em clubinhos diferentes, o que não agradou muito. Essa fila sim, estava bem demorada. Acho que tinham poucos atendentes pra tanta criança. Feito isso, seguimos em direção ao controle de passaportes. Como estamos entrando em “território americano”, ao embarcar no navio, eles exigem o visto americano. E, qual não foi nosso susto nesse momento, quando meu marido descobriu que não havia levado o dele!!! Havia ficado no Brasil, no outro passaporte vencido.
A questão é que nosso voo não passava pelos EUA, pois foi Rio-Toronto-Vancouver e, por causa disso, ele acabou esquecendo desse pequeno detalhe… Bem, ainda assim o policial verificou todas as nossas impressões digitais e carimbou os passaportes. Feito isso, tivemos que aguardar numa sala. Nessa hora, vimos que não éramos somente nós com este problema. Havia também uma família de 4 indianos em que todos não haviam trazido o visto e mais 2 chineses (que estavam em outro cruzeiro saindo um pouco antes do nosso). E, com certeza houve mais gente antes de nós (que estavam saindo da salinha quando nós chegamos). Enfim, é um problema mais comum do que parece…
A policial fez algumas perguntas relacionadas ao voo de volta, se passava pelos EUA (não era nosso caso), dentre outras coisas. Esperamos cerca de 30/40 minutos e ela voltou com uma espécie de visto temporário (um carimbo com nossa data de saída do cruzeiro). Ele teria que pagar uma taxa de 500 dólares por este visto, mas foi abonado. A lição que se tira disso é que eles, com certeza, tiveram acesso ao sistema e viram que ele tinha o visto dentro da validade. Mas, o melhor mesmo é não passar por este tipo de transtorno… Depois, já dentro do navio, encontramos a família de indianos que também conseguiu embarcar.
Devido a esse contratempo, entramos no navio já depois das 15hrs e os restaurantes estavam fechados. Fizemos então um lanche no Pluto’s Dog House, que atendeu muito bem (hambúrguer e cachorro quente). Aí fomos ver fazer um reconhecimento do navio, ver a partida e arrumar nossas roupas na cabine.
Outra coisa que fizemos, e que é importante fazer o mais rápido possível (porque se esgotam), é a reserva para: café da manhã com personagens, foto com as Princesas e foto com a turma do Frozen. Fique atento porque, esses eventos com reserva, não aparecem na programação do dia. Então guarde bem sua data/hora reservada. Com relação às demais fotos com personagens, você pode acompanhar pelo Navigator o local, horário e personagem de cada aparição. Aí é só entrar nas filas em até 15 minutos a partir do horário marcado. Depois disso, eles fecham a fila.
Aproveitamos para nos informar sobre o pacote de dados. O navio dá gratuitamente 50 Mb, se você se conectar logo nesse primeiro dia. Eu consegui usar esse pacote ao longo da semana toda, mas entrava somente para enviar notícias para a família pelo Whatsapp e postar algumas poucas fotos no Instagram. Meu marido comprou um pacote maior pois precisava baixar e-mails, etc. A pessoa que me atendeu passou algumas dicas para otimizar o uso, como: dar sempre logoff quando acabar de usar, não deixar nenhum aplicativo rodando por trás, etc. Procure se informar a respeito, senão o pacote vai embora em questão de minutos!
O show do 1º dia, “All Aboard”, é uma espécie de resumo dos shows dos próximos dias. Mas é bem bacana. De lá fomos nos arrumar para o 1º jantar, no Animator’s Palate (Pacific Rim Cuisine) onde, em determinado momento, o Michey fez uma rápida aparição para alegria da criançada.
Na sua “key to the world”, é possível ver a ordem dos restaurantes através das iniciais e o horário do jantar (ficamos no 2º turno, às 20:15hrs). Nossa ordem era: APTAPTA. Sendo P para Parrot Cay (Caribbean Island Cuisine) e T para Triton (French Cuisine). No 1º jantar conhecemos os garçons e o maitre que nos acompanhariam nos demais dias. Eles foram maravilhosos conosco. O maitre Victor, Português, sempre passava para dar uma olhada se estava tudo bem. Mas os garçons Zel Ton, Indiano, e a assistente dele, a Aleksandra, Ucraniana, se superaram. Ele, muito educado e solícito, sempre procurando atender nossos pedidos extras. E ela, alegre e carinhosa, diariamente passava desafios aos meninos e até os adultos ficavam quebrando a cabeça. Com certeza, ajudaram a tornar nossa viagem mais especial!
2º dia (3ª feira) – Day at Sea
Dia de aproveitar realmente o navio! Tomamos um café da manhã tranquilo no Parrot Cay, serviço de buffet, muito bom.
O navio oferece inúmeras possibilidades de lazer ao longo do dia. Para as crianças tem os clubinhos, mas tem também: quadra de futebol, sala de jogos eletrônicos (arcade), filmes passando o dia inteiro no cinema, fotos com personagens diversos (ver schedule ao longo do dia), lanchinhos extras, piscina, etc. Meus filhos estavam com mais dois amigos e não se ligaram muito nos clubinhos (teriam que ficar separados por causa da idade…). Neste dia, fizeram todas essas atividades aí listadas, inclusive a piscina. Embora não estivesse quente propriamente dito, eles se esbaldaram no tobogã e na piscina do Mickey!
Para os adultos também há muitas opções e não tem como ficar parado! Ou tem, se você preferir…rsrsrs. Por exemplo, ir à academia, aula de ioga, cursos diversos, jogar bingo, assistir palestra sobre compras nos portos (dentre outras), fazer uma massagem (paga à parte), etc. Eu assisti à palestra “The wildlife of Alaska” e fiz um tour pelo navio (Art of the theme show tour), focado no design, objetos artísticos e outras curiosidades. Gostei muito dos dois!
E, por fim, tem também atividades conjugadas para adultos e crianças: game shows, jogo de basquete, shows com personagens, passar nas lojinhas, etc.
É importante dar uma olhada no programa do dia (chamado Personal Navigator), de preferência até na noite anterior, para poder se programar. Ou, através do aplicativo do navio (Disney Cruise Line Navigator), você pode indicar suas atividades favoritas daquele dia e ele vai mandando alertas conforme chega a hora de cada uma.
Antes do jantar assistimos ao show Disney Dreams, que foi lindo! E, nesta noite, tivemos o jantar formal. Antes e depois do jantar, Mickey e Minnie estavam tirando fotos com trajes de gala (acima) e também o Capitão do navio estava a postos para as fotos.
À noite, após o jantar, sempre tinha a opção de um barzinho (Promenade Lounge, Cadillac Lounge, WaveBandes, dentre outros) ou um showzinho para adultos. Vimos o show “The Magic & Illusion of Kyle Knight & Mistie” que foi muito bom. E, no dia seguinte, teve o show deles na versão para as crianças. Excelente!
Neste dia, antes de dormir, tivemos que atrasar os relógios em 1 hora, pois estávamos entrando no fuso horário do Alasca, o que aumentou nossa diferença para o Brasil em 5 horas.
3º dia (4ª feira) – Tracy Arm
Esse dia também foi todo no mar, sendo que a atração principal era a passagem pelo Tracy Arm Fjord, mas o navio foi para o Endicott Arm. O navio passa através do Fiord até chegar às geleiras no final.
Na parte da manhã, tivemos o café da manhã com os personagens e o nosso estava marcado para as 9:30hrs. Como eu disse anteriormente, é necessário reserva para este evento. Ocorre no Animator’s Palate e o café é servido à la carte. É muito organizado pois os personagens (Mickey, Minnie, Pluto e Pateta) vão de mesa em mesa tirando foto com as pessoas. Não tem tumulto nem fila e ninguém precisa se levantar. Lembre-se de levar sua máquina fotográfica pois esse evento não é coberto pelos fotógrafos do navio.
Depois fomos a uma sessão de cinema na linda sala Buena Vista Theatre. Não deixe para chegar muito em cima da hora pois alguns filmes/sessões podem lotar. Foi o que aconteceu com uma das sessões do Capitão America – Civil War, no 2º dia às 15hrs.
Ao sair do cinema estava na hora de correr para o Deck 9 pois a entrada em Endicott Arm já estava acontecendo. O restaurante Beach Blanket promoveu um churrasco ao ar livre (para quem aguentasse ficar ao ar livre…hahahaha), nós nos servimos mas ficamos num local abrigado. Estavam também servindo sopas e bebidas quentes pelo deck.
Em determinado momento começamos a avistar a geleira. Demos sorte pois o navio conseguiu se aproximar bem, uma vez que não havia muitos blocos de gelo soltos na frente dela. As pessoas ficam ansiosas para saber de que lado do navio é melhor para avistar a geleira. Mas a verdade é que o Capitão procurou fazer semi-círculos com o navio a fim de que todos pudessem ter uma boa visão. Assim que a geleira é avistada, há uma corrida e todos se aglomeram para visualizá-la. Mas depois que passa aquela excitação inicial, as pessoas vão se dispersando e há tempo suficiente para admirá-la, fotografá-la, etc. Neste dia chegou a chuviscar em alguns momentos (nada que atrapalhasse ficar ao ar livre) e a equipe do navio distribuiu as famosas capas da Disney. E fez frio! Tivemos que tirar os gorros, luvas e cachecóis do armário…
O show principal deste dia foi o “The Magic & Illusion of Kyle Knight & Mistie”, mais voltado para o público infantil. E também foi incrível! As crianças adoraram. Em seguida, fomos jantar no Triton, restaurante com uma pegada francesa no cardápio. Aliás, não sei dizer de qual restaurante gostamos mais, pois eram todos muito bons com variedade de opções para todos os gostos. Compramos um pacote de vinhos no 1º dia e, a cada dia, íamos escolhendo um vinho diferente para o jantar. Valeu à pena!
4º dia (5ª feira) – Skagway
Dia de acordar super cedo pois havia escolhido o passeio Yukon Suspension Bridge, City and White Pass Railway que saía do navio às 7:20 hrs. Tomamos café da manhã no Beach Blanket que era o restaurante que abria mais cedo. Aliás, café da manhã bem variado e gostoso.
Fomos para o ponto de encontro que ficava no teatro e, de lá, partimos para o passeio. Pegamos um ônibus onde nosso guia/motorista foi nos dando informações a respeito da cidade (cerca de 850 habitantes, mas chegou a ser de 20 mil), que parece uma cidade do Velho Oeste Americano. E foi mesmo! No Alasca também houve a corrida do ouro e sua época de glória. A cidade consiste basicamente de uma rua principal e algumas ruas secundárias e pode ser alcançada à pé a partir do navio. Na rua principal, a fachada das casas remete ao velho oeste, mas a maioria é só fachada mesmo pois algumas foram derrubadas e reconstruídas com estrutura mais moderna.
O passeio de ônibus nos levou à região Yukon, logo após passarmos a fronteira com o Canadá (para este passeio, é necessário levar passaporte), onde visitamos uma ponte suspensa numa região de lindas paisagens. Fizemos paradas no meio da estrada para fotos e ainda tivemos a sorte de avistar um urso pardo às margens da estrada. Segundo o guia, esses animais estavam retornando do período de hibernação e, portanto, à caça de alimento.
Durante a parada na Suspension Bridge, tivemos tempo para conhecer o local, tirar fotos e fazer um lanche.
No meio da ponte suspensa havia um Marten. Na verdade um Pacific Marten, que só é encontrado na nesta região do Alasca e norte do Canadá. Ele é da família das doninhas e seu pelo é muito valorizado.
De lá, seguimos para pegar o trem da White Pass Railway. Um trem vintage, cuja estrada passa por paisagens belíssimas e rendeu ótimas fotos. Algumas delas tiradas na parte externa do trem, onde ventava muito e fazia bastante frio.
Chegando do passeio às 13 hrs, optamos por ficar no navio, onde aproveitamos para almoçar no francês Triton. Excelente almoço a la carte! Recarregadas as baterias, pegamos um ônibus do porto para a cidade (2 dólares por pessoa) e fomos passear. A cidade é uma graça, cercada de montanhas e, em cerca de 1 hora, dá pra conhecer tudo.
Consiste basicamente de lojinhas de tudo que é jeito. Inclusive as de joias. A pedra tradicional de lá é a Tanzanita, na cor roxa. Há muitas lojas vendendo joias de tudo que é tipo, relógios, etc. Mas há que se tomar cuidado pois algumas não parecem muito confiáveis. Para evitar cair em roubada, o navio dá um folheto na saída do porto com indicações de lojas, um mapinha do centrinho e informações relevantes sobre o lugar. Vale à pena dar uma olhada nele e se guiar por ali. Ah, e como comentei anteriormente, o navio promove palestras sobre os portos, o que fazer, o que comprar, etc.
Acima, a casa mais fotografada de Skagway, construída com milhares de gravetos de madeira. E, abaixo, o Red Onion Saloon, um típico saloon do Velho Oeste Americano.
Voltamos caminhando ao navio e as crianças foram para o cinema, adultos para o barzinho, enquanto esperávamos a festa da Frozen. Quando o navio começou a partir de Skagway, a festa estava começando. Na verdade, foi um teatro musical no Deck 9, com os personagens do filme, contando uma parte da estória. Os meninos não se ligaram muito nesse show, somente meu filho mais novo. Mas eu confesso que achei lindo! As músicas, o navio saindo do porto, o dia ainda claro, trouxeram um astral bem bacana.
Aliás, isso é uma coisa boa neste cruzeiro. Os dias são bem longos e o pôr-do-sol acontecia quase às 22 horas.
5º dia (6ª feira) – Juneau
Neste dia, o passeio saía às 8 hrs e, novamente, optamos por tomar café no Beach Blanket. Escolhemos fazer o passeio Mendenhall Glacier and Whale Quest, onde garantiam que íamos ver baleia ou teríamos nosso dinheiro de volta!
Nossa guia/motorista era uma senhorinha muito simpática. Foi nos contando um pouco das curiosidades locais até chegarmos ao ponto de embarque para o passeio de barco. O dia estava lindo com céu azulzinho. O passeio foi excelente! O barco tinha uma área coberta e outra aberta. Claro que optamos por ficar a maior parte do tempo do lado de fora, mas estava frio por causa do vento. O barco, se não era novo, era muito bem conservado. Tinha 1 binóculo para cada 2 assentos e um folder muito bem explicativo sobre os passeios. O passeio foi tranquilo, o barco não balançou nada e ninguém ficou enjoado.
À medida que o barco foi se afastando do porto percebemos que podíamos ver a geleira Mendenhall ao longe, passeio que faríamos em seguida, para vê-la de perto. Mas sua visão à distância era muito bonita também (foto abaixo).
Para nossa sorte, o comandante logo avistou um grupo de baleias Orcas. Foi muita sorte mesmo, já que disseram que somente em 10% dos passeios se consegue avistar as Killer Whales! E foi emocionante! Havia um grupo delas próximo a uma prainha (fêmeas e filhotes) e, do outro lado do barco, avistamos o macho, bem maior. O barco ficou próximo a elas por cerca de quase 1 hora, onde pudemos apreciar com calma e tirar inúmeras fotos.
De lá, partimos para encontrar as Humpback Whales (são essas que eles garantem que vamos ver). E realmente, conseguimos! Elas são maiores que as orcas e parecem um golfinho imenso. Mas são mais difíceis de visualizar porque, apesar de soltarem aquele esquicho, não saem tão pra fora da água. Mesmo assim, também é muita emoção poder ver esses animais em seu habitat natural!
Satisfeitos com tantas baleias e mais alguns leões marinhos pelo meio do caminho, retornamos ao porto onde nossa simpática guia nos esperava para nos levar ao Mendenhall Glacier. Lá, tivemos apenas 1 hora para apreciar a geleira, mas achei suficiente. Há uma cachoeira (Nugget Falls) bem próxima a ela, mas a trilha para chegar lá era de quase 1 hora e não quisermos arriscar. As vistas da geleira, de onde estávamos, eram lindas e renderam muitas fotos.
Na volta a Juneau, optamos por ficar no centrinho pois já passava das 14 hrs e estávamos com fome! A grande indicação para almoço lá é no “Tracy’s King Crab Shack”, onde se come a famosa King Crab leg (perna do caranguejo rei do Alasca) ou o Crab cake (torta salgada de caranguejo). Acabamos não indo lá, achando que seria um restaurante de serviço demorado e a ideia era comer rápido para visitar a cidade. Optamos por ir a um quiosque, também muito bem recomendado, que servia crepes. De fato, estava bom mas, quando passamos em frente ao Tracy’s, vimos que o esquema era rápido e parecia apetitoso. É tipo um fast food de caranguejo…rsrsrs. Portanto, recomendo fortemente!
A capital Juneau já é uma cidade maior, com prédios mais modernos no centrinho turístico e não tão pitoresca como Skagway. O estilo de comércio segue o mesmo dos outros portos: souvenir, artesanato, joias, restaurantes e bares. Porém, com mais opções. Circulamos pela cidade por cerca de 1 hora e foi suficiente para ter uma ideia geral. Já cansados das emoções do dia e com muito calor (pois fazia um sol forte e estávamos até com roupa térmica em função dos passeios), voltamos para o navio, pegando um ônibus grátis que partia da praça da estação do teleférico (Mt Roberts) e levava direto ao terminal do Disney Wonder.
O Red Dog Saloon é uma espécie de pub/restaurante, cuja decoração remonta aos saloons do Velho Oeste. Abaixo, foto do seu interior.
Chegando ao navio, os meninos partiram pra piscina a fim de aproveitar o calor do dia (e nós fomos tomar um drink no Promenade Lounge porque ninguém é de ferro!). Lá ficaram até um pouco antes do show principal, o “Toy Story – The Musical”, que foi fantástico!
Esta era a noite semi-formal e a que havíamos reservado para o jantar no Palo. Como este restaurante só permite adultos, os meninos foram jantar sozinhos no Parrot Cay. Mas, como estavam muito bem assessorados pelo Zel Ton e pela Aleksandra, pude ficar tranquila!
O jantar no Palo foi fantástico e, o valor (30 dólares), muito barato pro que foi oferecido. Fomos atendidos pela Suzanna, uma Portuguesa muito simpática. Nesse restaurante italiano, que é inspirado em Veneza, todas as mesas têm vista para o mar. Dessa forma, pudemos ter uma bela visão do pôr-do-sol do Alasca naquele dia.
Tivemos uma entrada com pães diversos, feitos lá mesmo, e azeites. Em seguida, uma variedade de antepastos maravilhosos. No menu, havia a possibilidade de primo piatti e secondi piatti. Nesse momento, a Suzanna nos propôs trazer 3 tipos de massa para degustarmos e, cada um, escolheu uma carne com acompanhamento para secondi piatti. Como se não bastasse, escolhemos a sobremesa carro-chefe de lá, que é o suflê de chocolate. Só que, não satisfeita, a Suzanna nos propôs experimentar também uma sobremesa recém-lançada, que era o suflê de amaretto, trazendo 1 por casal. Simplesmente divino! Confesso que até preferi esta do que o de chocolate (e olha que amo chocolate!).
Mas, a verdade, é que estava tudo incrível! Um jantar delicioso, onde saímos todos super felizes, satisfeitos e rolando no final! E, melhor, chegando à cabine, os pimpolhos já dormiam o sono dos justos.
6º dia (sábado) – Ketchikan
O navio aportou em Ketchikan já passava das 10 hrs. Como nosso passeio estava planejado para as 13:15 hrs e só retornaria ao final da tarde, aproveitamos para ir conhecer o centrinho que estava a poucos passos do navio. Deixamos os meninos no navio e fomos eu e meu marido.
Para nós, Ketchikan foi a cidadezinha mais charmosa das três. Não é tão pequena quanto Skagway e nem tão movimentada como Juneau. Mas achei muito pitoresca e, novamente, em 1 hora dá para se ter uma ideia dela toda, entrar nas lojinhas, comprar salmão, apreciar os totens espalhados e passear pela Creek street. Falando em salmão, Ketckikan é considerada the “Salmon Capital of the World”. Fomos numa das lojas indicadas pelo navio “Salmon & etc”, e lá compramos salmão defumando, enlatado, e outros. A Creek st. É uma espécie de corredor de casas de madeira sobre o rio que passa a algumas quadras para trás. É uma graça, com várias lojinhas de artesanato e souvenirs. Ali fica também a “Dolly’s House”, casa da prostituta mais famosa que já houve por lá.
De volta ao navio, almoçamos no Beach Blanket, por ser mais rápido, e fomos encontrar nossa excursão para Misty Fjords & Wilderness Explorer. Pegamos um barco logo na saída do navio, muito parecido com o do passeio em Juneau: super confortável, conservado, com binóculos nos bancos. Serviram petiscos e chocolate quente durante o passeio e havia também opções de snacks para comprar.
O passeio é longo pois, até chegarmos ao famosos Misty Fjords, demora. Mas avistamos lindas paisagens o tempo todo e vimos baleias (orcas e humpbacks), porpoises, focas e leões marinhos ao longo do passeio. Vimos também algumas Bald Eagles, águia muito comum aquela região.
Ketchikan também é considerada a capital nacional da chuva porém, mais uma vez, o tempo contribuiu. Chegou a chuviscar em alguns momentos do passeio, mas nada que atrapalhasse, fazendo inclusive sol com chuva e arco-íris. Ao entrar nos Misty Fjords, as paisagens ficam ainda mais lindas o barco passa uma boa parte do tempo por lá, onde pudemos apreciar e tirar fotos.
Já chegamos ao navio em cima da hora do principal show do dia que era “The Magic Dave Show”. Mas deu tudo certo, o show foi muito bom e os meninos se divertiram à beça. Em seguida, fotos com Sully, Russel & Dug e Jack Sparrow. E, depois, jantamos no Triton e aproveitamos um dos barzinhos com música ao vivo.
7º dia (domingo) – Day at Sea
Mais um dia livre pra curtir o navio! Café da manhã no Parrot Cay e aí, finalmente, fomos conhecer a sauna, Rainforest área. Compramos o passe de 1 dia. Tem vários tipos de sauna úmida e de duchas. E lugares para deitar e ficar relaxando. Há também uma sauna seca em cada vestiário. Você pode pegar roupão, chinelos, toalhas, shampoos, condicionador, etc. Foi muito relaxante! Enquanto isso, os meninos estavam se distraindo pelo navio.
Aproveitamos pra curtir um almoço sem pressa no Triton, dar uma geral nas malas e, mais pro final da tarde, voltamos para o Rainforest. Estava um dia de sol bom e conseguimos inclusive curtir um pouco da hidromassagem e ainda dar um mergulho na piscina. Claro que a água estava quentinha!
Depois de um dia relaxado, fomos ver o último show “The Golden Mickeys”, que foi lindo e emocionante. Antes do jantar, colocamos nossas malas pra fora da cabine e fomos para nosso último jantar no Animator’s Palate, que também foi incrível. Eu havia comentado na noite anterior com nosso garçon, o Zel Ton, que não tinha tido oportunidade de experimentar o King Crab, ficando na vontade. Qual não foi nossa surpresa quando ele trouxe de entrada um prato cheio de King Crab Legs!!! Nossa, nos fartamos de tanto comer perna de caranguejo.
E ainda teve o desfile dos garçons, com as bandeiras de todas as nacionalidades que estavam no navio. E o Zel Ton e Aleksandra escolheram pegar justamente a bandeira do Brasil! Depois disso, foi uma emoção só: nos abraçamos, beijamos, tiramos fotos, etc. Eles foram mesmo fantásticos o tempo todo. Tanto que os meninos continuam a falar e lembrar deles até hoje.
Não queríamos que o dia terminasse e esticamos ao máximo nossa noite. Fomos para o WaveBands ver show de flashback dos anos 80 e depois fomos ouvir piano no Cadillac Lounge.
8º dia (2ª feira) – Vancouver
O navio aportou em Vancouver e, no dia do desembarque, há um horário pré-determinado para se tomar café e sair do navio. E tinha que ser no mesmo restaurante onde jantamos na noite anterior. Então, depois de pegarmos de volta nossos passaportes, às 8:30 hrs fomos para o Animator’s Palate onde nossos garçons nos esperavam para uma última despedida.
Após o café, anunciaram nosso desembarque. Pegamos o taxi logo na saída do porto. Como nosso voo de volta era somente às 14:30 hrs, tínhamos tempo suficiente para chegar ao aeroporto. Mas aqui, vale um alerta. Nós fomos dos últimos a sair e a fila para os taxis maiores estava muito grande. Levamos quase 1 hora para conseguir pegar o taxi. Quem estiver preocupado com horário do voo deve buscar soluções alternativas como um express check out (onde você carrega suas malas e sai na hora que quiser do navio), ou um aluguel de limusine (deve ser solicitado com antecedência), por exemplo.
E aqui acabou a viagem, que deixou saudades e lembranças maravilhosas! Acho que acabei sendo detalhista demais mas espero contribuir para ajudar outras pessoas!
Obrigada Andrea, achei que ficou ótimo o seu relato! Contando os dias pro nosso cruzeiro Disney no Alasca ano que vem.
Pra quem quiser reservar um cruzeiro Disney pro Alasca (ou qualquer outro cruzeiro Disney!), peça o seu orçamento agora mesmo.
Cynthia says
Coincidência! Fizemos o mesmo cruzeiro, na mesma data e com a mesma agente! Tambem ficamos no deck 2. Ja haviamos ficado no deck 6 anteriormente, mas achamos o deck 2 bem mais calmo, quase nao balançava. Gostamos muito também! Somos de Campinas e ja estamos nos preparando para o terceiro roteiro Disney. Muito bom!